quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Ode à Terra ( palavras recusadas )


O meu povo aprendeu a ler com a terra e a escrever com a enxada
É preciso reformar a estrutura e partir a caixa óssea
É preciso ter Amor e Amar assim mesmo.
É preciso mudar daqui e ter que partir de lá.
É preciso ter outras pessoas, outras faces em outros lugares.
Outros autodidatas. Pindoramas Brasiliens Imigratorium.
Ser a autofagia psicográfica da minha nação.
Ser a mãe de portugueses, italianos, franceses e tio do alemão.
Ser os corpos firmes e robustos, sem anexos e com braços extendidos Amorenados ou “mignons” que rasgam o Oceano.
É preciso ser o ladrão de serenatas em noites quentes.
É preciso ser Real, vindo do Cruzeiro do Sul.
"Io , che soffre al petto, come in primo piano,
Per piani e per monti, col petto ansante."
É preciso ser o cavalo vermelho sem rédeas brancas
É preciso ser o garoto de peito nu e cabelo ao vento que parte o céu de Encontro a água.
É partir a cabeça de chegada a pedra e teu sangue misto co’a água e ser realmente um com a Terra.
Ser realmente um Homem longe dos campos de Olympia.
Ser realmente um Brasileiro.

THIAGO MANZO

Um comentário:

Unknown disse...

Não sabia que vc tinha blog, vou adcionar nos meus favoritos, me adciona aí tbm...
Gostei mto das suas poesias =D
Beijos